17 de dez. de 2012

OBSERVATÓRIO ASTRONÔMICO DIDÁTICO CAPITÃO PAROBÉ

No dia  07 de dezembro realizamos nossa última saída de campo do ano. Fomos ao Observatório Astronômico Didático Capitão Parobé, que fica no bairro Santa Tereza, em Porto Alegre. A proposta da atividade era que pudéssemos conhecer um espaço na cidade em que nos desse oportunidade de visita com os alunos, além de podermos observar alguns astros. 
Fomos recebidos pelo prof. Bruscatto, responsável pelo observatório e pelo laboratório de física do Colégio Militar de Porto Alegre. Logo no inicio ouvimos algumas palavras do professor sobre a criação do observatório, que foi construído em 2002. Depois da fala do professor, fomos auxiliados pelo professor Vitor Sardinha Bexiga que nos mostrou como podemos explicar os movimentos da terra, Sol e Lua em sala de aula, de forma bem simples e didática. 
A única coisa que não foi possível fazer foi observar os astros, por dois motivos: o telescópio principal estava em manutenção e o céu estava fechado no dia da visita. 

No geral gostamos bastante da visita e acreditamos que ela pode ser bem positiva, principalmente em trabalhos interdisciplinares, envolvendo as disciplinas de geografia e física  Apenas destacamos que existe uma dificuldade nesse tipo de atividade que é organizar os estudantes para uma saída de campo fora do horário das aulas, visto que nossos alunos estudam a tarde ou pela manhã. Creio que a organização de uma visita a noite se torna algo bem complicado, principalmente quando falamos de alunos do ensino fundamental e Médio. Entretanto, acreditamos que pensar essas práticas é sempre importante. 

Turma do EGH no observatório

Para maiores informações: 
Observatório Astronomico Didático Cap. Parobé
Rua Cleveland, 250, Santa Tereza, POA

Contatos: http://clubedeastronomiacmpa.blogspot.com.br/
observatoriocmpa@gmail.com

Agende sua visita!!!
21 de set. de 2012

Porto Alegre/RS – Rua da República passa a ser patrimônio natural da cidade

Porto Alegre ganhará mais um túnel verde. Amanhã, no Dia da Árvore (22/09), a prefeitura formalizará o decreto que declara a Rua da República Área de Uso Especial, para integrar o Patrimônio Natural e Ecológico. A cerimônia de entrega do Decreto ocorrerá às 11h, em frente ao Teatro de Câmara, na Rua da República, 575, no bairro Cidade Baixa.



17 de set. de 2012

Aula da praça



Quando realizamos a saída de campo na cidade de Porto Alegre, um dos locais visitados, apesar de ser bastante conhecido, chamou a atenção para uma proposta de atividade: o monumento da praça da Matriz.

Todo o entorno da praça já renderia muitas atividades, mas como somos professoras de Ensino Fundamental e Médio, fica um pouco perigoso darmos aula a céu aberto durante muito tempo!

A proposta gira em torno do monumento em homenagem à Julio de Castilhos, antigo presidente do estado do Rio Grande do Sul que esteve a frente do poder de 1891 a 1897. Julio de Castilhos foi responsável por consolidar o poder do PRR no estado, por colocar em prática a constituição estadual de 1891 além de dar iniciar a construção de inúmeros prédios públicos, entre eles o atual palácio do governo. Seu mandato não durou muito, mas Julio de Castilhos deixou um importante herdeiro político que iria chegar ao poder logo depois dele e que permaneceria durante 25 anos administrando o estado, Borges de Medeiros.

Foi Borges quem mandou construir o monumento em homenagem ao seu padrinho político. Na realidade, o entorno da praça da Matriz é resultado de uma série de obras publicas realizadas no período de seu  governo, além de outros prédios que remetem á herança positivista e a um modelo de governo característico do período da Republica velha.

A proposta de atividade seria então uma aula expositiva sobre a história do monumento e suas relações de poder e preservação da memória do Rio Grande do Sul. A figura de Julio de Castilhos, no centro, sentado, de frente para o Teatro São Pedro, tendo ao seu redor deuses do panteon grego e símbolos da história gaúcha, como o peão montado a cavalo, remete para a preservação de uma memória ligada ao poder, ao Positivismo e a um tipo de administração bem peculiar da República Velha. Fazer essas relações com os alunos, fazê-los fotografar o monumento ou partes dele e depois trabalhar esses aspectos em sala de aula seria muito produtivo.

Poderiam ser feitos dois tipos de relações do monumento com prédios dos arredores: o primeiro seria o Museu Julio de Castilhos. Explorar a criação do museu (que foi residência do próprio Julio), seu acervo e a intenção que culminou com sua inauguração, relacionando todos esses dados com a importância da figura de Julio de Castilhos, poderia ser a primeira proposta.

A segunda proposta poderia ser feita em conjunto com os prédios do Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul (APERS) que foram construídos no governo de Borges de Medeiros. Os prédios de guarda de acervo foram criados no início do século XX com a intenção primordial de preservar documentação em papel, algo revolucionário para a época e que reflete bem a corrente de pensamento em vigor no período, o Positivismo. Essa atividade seria um prato cheio para que o professor relacionasse memória e preservação da história. Que história foi preservada? De quem? Das populações mais desfavorecidas de Porto Alegre? Ou do governo?

Além dessas atividades, os dois espaços oferecem  ações educativas que proporcionam aos estudantes entrar em contato com a história de seu estado.

Para maiores informações sobre o agendamento das atividades específicas de Educação Patrimonial nessas instituições é só ligar:

Arquivo Público: (51) 32889117
Museu Julio de Castilhos:  (51) 32215946

Boa saída de campo!!

13 de set. de 2012
Temos o costume de associar saídas de campo com simples passeios. Essa palavra está tão enraizada no cotidiano escolar que as vezes fica difícil explicar aos alunos e aos colegas que o que se pretende fazer não é um simples passeio e sim uma atividade didática com os alunos. 
Enfim, quando se pensa em uma saída de campo deve-se levar em consideração que a atividade possa dialogar com a sala de aula. O diálogo que me refiro não precisa necessariamente ser com o conteúdo dado em sala de aula, mas que a saída tenha um propósito pedagógico e que essa proposito seja cumprido. 
Além de um bom planejamento, é interessante adequar a atividade e o tempo de duração dela para o publico que vai realizá-la.  Por exemplo, não se pode fazer uma saída de um dia a um museu com uma turma de sexto ano. Crianças dessa faixa etária necessitam de atividades mais lúdicas, onde eles possam participar e não apenas observar.
O importante é que o professor saiba o local em que esta levando seus alunos e que prepare eles antes para a visita e retome pontos importantes depois, em sala de aula. 
10 de set. de 2012

Urbanismo e meio ambiente: dez pontos para um projeto de cidade


Os 10 pontos para um Projeto de Cidade é um documento elaborado pela Comissão Cidade do IAB/RS, com a participação de mais de 15 colegas coordenados pela arquiteta e urbanista Maria Teresa Albano. O objetivo do documento é sensibilizar os candidatos e a comunidade para a importância da atuação do profissional arquiteto e urbanista na solução dos problemas das cidades.
O ‘decálogo’ busca sintetizar em 10 pontos as principais demandas, reivindicações e sugestões dos arquitetos e urbanistas para os futuros administradores municipais. Notadamente, a questão urbana e ambiental não figura entre as principais preocupações da população, mas sabemos que o planejamento da cidade e os projetos de qualidade podem ser os responsáveis por melhorias significativas de problemas mais graves como saúde e segurança, por exemplo.
Este documento será distribuido em todo o estado e irá pautar a relação dos arquitetos com os candidatos às prefeituras, através dos núcleos do IAB RS no interior do estado.
Arq. Tiago Holzmann da Silva – pres. IAB/RS
Por um Projeto de Cidade

10 pontos fundamentais para as próximas administrações municipais construírem um Projeto de Cidade

Contribuição dos Arquitetos e Urbanistas – IAB/RS

1.Planejar para desenvolver a cidade com sustentabilidade

Tema: Planejamento Urbano

- Retomar o planejamento urbano de médio e longo prazo como ferramenta central de um projeto de cidade voltado para a promoção da igualdade social;
- Elaborar Projeto de Cidade expresso em um Plano Diretor que atenda a Constituição Federal e ao Estatuto da Cidade;
- Implementar sistemas de gestão do planejamento que valorizem órgãos técnicos e os conselhos públicos, disponibilizando a informação e oferecendo os instrumentos de acompanhamento e monitoramento do desenvolvimento urbano.

2.Participação é um direito e uma garantia de cidadania

Tema: Participação Social

- Garantir a participação da comunidade em todas as etapas do processo de planejamento urbano, inovando e avançando em relação às práticas vigentes;
- Informar, expor, debater e submeter à sociedade os projetos para a cidade e os grandes investimentos públicos;
- Garantir nas administrações municipais a democracia e a transparência nas decisões sobre a cidade e o papel do poder público como mediador dos conflitos e indutor do desenvolvimento.

3.Projeto urbano qualifica a cidade para todos

Tema: Projeto Urbano

- Valorizar o projeto urbano como ferramenta do plano diretor para qualificação dos espaços e equipamentos públicos;
- Qualificar as intervenções na cidade, para alcançar, a partir da coordenação do poder público, transformações urbanísticas, melhorias sociais e valorização ambiental;
- Efetivar a utilização da Operação Urbana Consorciada, prevista no Estatuto da Cidade, como instrumento de projeto de setores urbanos.

4.Espaço público é o lugar do encontro e da troca

Tema: Espaço Público

- Promover políticas de criação e qualificação de espaços públicos ‐ ruas, praças, parques, equipamentos públicos – mediante a valorização do projeto urbano e dos concursos públicos;
- Realizar intervenções que promovam a diversidade socioeconômica da cidade e a integração de diferentes políticas setoriais e escalas territoriais;
- Potencializar o espaço público como lugar do encontro, da convivência social e não como terra de ninguém;
- Garantir a acessibilidade universal aos portadores de necessidades especiais.

5.Mobilidade é prioridade ao pedestre e transporte público de qualidade

Tema: Mobilidade Urbana

- Promover política pública de mobilidade urbana garantindo o direito de deslocamento, por diversas modalidades a todos os cidadãos;
- Estimular os modos de transporte não motorizados com vistas a reduzir o consumo de combustíveis fósseis através da implantação de uma rede eficiente de ciclovias e da qualificação dos percursos de pedestres;
- Priorizar a qualificação do transporte coletivo, para reduzir o uso do veículo privado e o espaço público destinado aos automóveis;
- Integrar a política de mobilidade urbana às demais políticas de desenvolvimento urbano como uso do solo, densificação, paisagem urbana e patrimônio cultural.

6.A paisagem da cidade é patrimônio de todos

Tema: Piasagem Urbana e Patrimônio

- Buscar a sustentabilidade da cidade, incorporando a perspectiva de longa permanência das construções no tempo, valorizando a idéia de que adequar e reciclar edifícios é mais sustentável do que demolir;
- Propor planos que mantenham a identidade dos bairros, qualificando seus espaços e respeitando as preexistências, de forma a reforçar os vínculos do cidadão com a história da cidade;
- Valorizar políticas de patrimônio ambiental ‐ natural e cultural ‐ voltadas à qualificação espacial das paisagens representativas, em diferentes escalas territoriais.

7.Habitação com qualidade e integração das comunidades

Tema: Habitação Social

- Valorizar projetos habitacionais que priorizem a inserção da habitação de interesse social no tecido urbano existente construindo bairros e não guetos;
- Garantir o direito à cidade, entendido como acesso à habitação, ao transporte, aos equipamentos urbanos e comunitários, ao trabalho, à renda e a um ambiente equilibrado para todos os cidadãos;
- Projetar e construir moradias que considerem as diversidades paisagísticas, climáticas e topográficas, assim como as diversas composições familiares das populações;
- Realizar programas voltados à requalificação e à adaptação de edificações desocupadas ou subutilizadas em áreas urbanas centrais, principalmente nos centros urbanos.

8.Morar com dignidade é um direito de todos

Tema: Assistência Técnica à Moradia

- Divulgar e implementar a assistência técnica gratuita para as famílias de baixa renda assegurando o direito à construção de moradia digna e o direito à assistência de um profissional qualificado;
- Operacionalizar a Lei da Assistência Técnica à Moradia para Famílias de Baixa Renda (Lei 11.888/2008) conforme previsto na legislação, garantindo à população serviços de profissionais habilitados, tanto em novos assentamentos como em projetos de regularização fundiária e urbanística.

9.Concursos públicos de projetos para obras públicas

Tema: Concursos Públicos de Arquitetura e Urbanismo 

- Exigir a realização de concursos públicos de arquitetura e urbanismo abertos à todos os profissionais ou equipes qualificadas tecnicamente para estudar, avaliar e propor soluções para a cidade;
- Eliminar a prática de contratação de projetos através de licitações de menor preço e as questionáveis e antiquadas contratações de “notório saber”;
- Valorizar concursos públicos como instrumento para a conquista de cidades mais sustentáveis, justas e belas.

10. Arquiteto é o profissional que faz edifícios, praças e parques, cuida do patrimônio, planeja a cidade…

Tema: Atribuição Profissional

- Reconhecer as atribuições legais do profissional arquiteto e urbanista de atuação no projeto e execução de edificações, espaços e equipamentos públicos, projeto urbano, planejamento urbano, patrimônio cultural e natural;
- Valorizar o arquiteto como o profissional que adquire, por formação, a capacidade para propor, em conjunto com outros profissionais e a sociedade, as melhores soluções para a estruturação do espaço urbano em diferentes escalas.

Instituto de Arquitetos do Brasil ‐ Departamento do Rio Grande do Sul –www.iabrs.org.br